domingo, 9 de novembro de 2008

SONHAR


O sono palco dos meus sonhos,
Revelação de anseios, frustrações,
Entre medos e momentos risonhos,
Regato das minhas emoções.

Tal um rio, serpenteando
Rumo ao mar, o eu infinito,
Barco de papel, num memorando,
Da vida, vivida, tudo escrito.

Hieróglifos, rabiscos, o descrever
As escarpas que desgastam,
A pedra bruta do meu Ser,
No campo onde os pecados pastam.

Durmo, sonho quase desperto
Enevoado, relevando a fantasia,
de ter perambulado no deserto,
de uma escassa vida, vazia.

Manuel Jorge
Alphaville, 27 de outubro de 2006

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