terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

CÁ ENTRE NÓS... (nov'06)


Por ser breve e agitada
A nossa mesquinha vida,
No meio de tanta lida,
Que parece mais um nada.

Os sentimentos incertos
Num mundo de aparências
De vaidades e indolências
Pro mundo, ser dos espertos.

Todavia, cá entre nós!
Timoneiro em mar agitado
Aos sulcos, desajustado,
Um barco casca de noz

Rumo ao norte, absorto,
Hei de encontrar as razões
Dar fim às preocupações,
E encontrar um bom porto.

Perdi dias esperando a noite
Tinha medo da aurora
Eram os medos de outrora
Algozes da mente, um açoite

Ao mau passado digo adeus
Vou navegar firme, ao futuro
Vendo a luz lá no escuro
Porque o meu porto será, Deus.

Manuel Jorge Monteiro de Lima
08/11/2006

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O GÓRDIO DO SEU NÓ


Três diretos modos de se nocautear:
O primeiro é ofender Mohamed Ali,
O segundo querer montar um javali,
E o terceiro, o poeta Manuel desafiar

Valha-me Deus desse combate injusto!
Dê-me forças para ao menos sobreviver,
Pois, por bom senso, é melhor precaver
E morrer de causa digna. Nunca de susto...

Desse embaraço do poeta, sei que todos penam.
Seus torpedos em versos puros, líricos, serenos
São mortais armas de a tudo fazer-se pó

Quando suas veias com versos acenam,
Mais vale quedar-nos, assim, tão pequenos,
Visto que do seu baraço não se escapa do nó.

Edson Pinto
23/02/2009


(Em tréplica à réplica de Manuel Jorge (abaixo)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O EMBAÇO DO TEU BARAÇO


Oh! poeta Edson, mostraste-me a fina palma da poesia,
Deste-me corda poética, caí na suave chama do embaraço,
Vesti vaidade; despi-me dela! Pelos finos versos do teu laço
No meu pescoço, justo baraço, embaço da minha fantasia.

Tua poesia é o sibilar do bardo, um canto da ofegante literatura,
Engaste de versos preciosos, cintilantes, de valor inestimável,
Flerte do tesouro amical de hoje, aposto na ara do inefável,
Que se estreita, numa amizade tão cristalina, quanto pura.

Resto-me com ar vazio, vasto, sou aprendiz neste mundo virtual,
Enxugo as lagrimas da emoção, pela tua predica articulada;
Oh! Camões; Oh! Pessoa; Oh! Guimarães Rosa; Oh! Vinicius,

Ensinai-me a escrever brocados literários, até um verso casual.
Assim: igual ao Edson, com a erudição de sua cátedra ordenada,
Para responder-lhe com grandeza e a clareza, dos bons ofícios.

Manuel Jorge
19.02.2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

AGRADECIMENTO (De Edson e Jane)


Há uma dádiva que me alegra em imensa medida,
Como se Deus estivesse, sempre, andando comigo:
Esse presente divino que é ter um novo e bom amigo,
Para enriquecer, pródigo, o tesouro de minha vida.

Quando reunimos os amigos em momentos jubilosos,
É como se os deuses despissem de suas armas mortíferas,
E em volta de nós seus gestos se mostrassem zelosos,
A tornar nossas aventuras terrenas, belas e frutíferas.

No aniversário da Jane, sábado, ficamos todos contentes,
Pois amigos, como irmãos, aqui se fizeram presentes,
Para inundar nossas almas com a mais inenarrável alegria.

Manifestam, agora, com a pureza de seus corações
Terem partilhado, conosco, essas mesmas emoções,
A culminar - do amigo Manuel – com a sua linda poesia.


Edson Pinto
18/02/09

(Em agradecimento ao poema enviado pelo Manuel Jorge. Vide abaixo)

PARABÉNS JANE, ANIVERSARIANTE


As salas ricas, iluminadas
leque de preciosos lustres,
Varias famílias convidadas
entre brasileiros ilustres.

Os jardins, belos e cuidados
Rodeando a grande piscina,
Árvores frutíferas, gramados,
A compor a festa divina.

O ambiente rico, distinto,
Convivas de coração,
Como deuses no Olimpo
Dando asas à emoção.

Na ribalta como decoro
O Edson apresentou
Vários anos de namoro
Que uma vida edificou.

Erudita apresentação
Até uma poesia recitou,
Homenagem de coração
Que um versejo dedicou.

Jane e Edson como sonho
Realizado, deixam fundas raízes
Tenham muitos anos risonhos
Exemplares, profícuos e felizes. .

São os sinceros desejos
Deste amigo de pouco tempo
Que lhes envia muitos beijos
Como melhor dos sentimentos.

Quero voltar a ser convidado
No próximo ano, certamente!
Fico num canto sentado
a tomar vinho, contente.

No próximo ano, um mundo
Uma festa de verdade.
Um sentimento profundo
A espera, já traz saudade.

Abraços
Manuel Jorge

Fevereiro'2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

ANIVERSÁRIO (homenagem a um casal amigo)



















Salve dois de fevereiro,
Daquele ano pra memória,
Nasce a Jane, um luzeiro
De vida, com arte e glória.
Um fundo de musica suave
Num ambiente distinto
Um facho que se consagre
No olhar do Edson Pinto.

Olhos brilhantes são astros
De uma vida transparente,
Entre Edson e Jane, um lastro
Vivo, de um amor permanente,
Na orla da vida, o vento na face,
Os eflúvios soltos de um perfume
Uma brisa serena, um ato, um enlace
Dois em um, com fagulhas de um lume.

Seja Deus a abençoar essa virtude
Dum casal unido desde a mocidade,
Que presenteie a esse par, muita saúde
Muita paz, muito amor e longevidade.
Doces amantes unidos pelo consenso
Da vida, recebam de Deus os bens,
De mim os versos, que sinto e penso,
E de todos os convivas, os parabéns.

Jane e Edson Justos louros em justas cabeças.

Manuel Jorge Monteiro de Lima
Fevereiro de 2009.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

AGRADECIMENTO





















Nas linhas da palma da minha mão
A Efigênia leu o meu passado,
Nenhum tópico inoportuno, nenhum senão,
Exatas transições deste meu fado
Desta sina de mérito, escolhida
Para ser o meu fardo, nesta vida.

Porém , faço do meu destino a razão,
Um mestre sala ao som de um devaneio
Cômico, indiferente, escrevo à mão
O poema de uma vida, como creio.
Com jubilo hilário, feito em verso,
A esconder minha dor, neste universo.

Tento a razão, excelente esplendor,
O porta bandeira do futuro, dia a dia,
Cintila a luz, sou da ignorância desertor,
Peço ao inefável momentos de sabedoria.
Entre as astucias, sinto-me tão lisonjeado,
A caminhar nos perigos de uma vida, com cuidado.

Oh! Efigênia Coutinho, teus versos, Oh! Poetiza,
Enternecem-me a alma, posta por ti em retrato,
De austeras linhas,sagazes que o tempo suaviza,
Neste espetáculo resumido num primeiro ato,
Já encenado e visto pelos sensores do divino,
Porque a Efigênia cigana, quis ler o meu destino.

Manuel Jorge Monteiro de Lima
Alphaville,
30.01.2009

POETA


Dedicado ao poetaManoel Jorge Monteiro

Você tem um modo só seu
dentro dos teus olhos para
olhar a vida incomum. E tudo
não lhe faz peso na alma,
pois qualquer sina ele suporta
e toda emoção lhe é permitida!

Na dor, nunca se deixa intimidar
nesta estrada que só tem ida
com chegada e partida,
vive sua alma dividida,
o poema na ponta dos lábios
colorindo os versos do poeta!

Cantai, Poeta, o teor do teorema
acolhei por nova linguagem
os sonhos, o riso com bom vinho
esponcha de mel colada ao lábios
urdindo alegria escarlate pelo ar
batendo em frenesi, á alma enamorada!

Poète,
dédié au poète Manoel Jorge Monteiro

Vous avez un style bien à vous
des yeux que saisissent l'insolite de la vie
Rien n'alourdit vôtre âme
car elle supporte les destins
ou tous les émois sont permis!

Ne jamais se laisser effarer par la souffrance
dans cette route qui n'a qu'une voie
ou coexistent la genèse et le deuil
et ou vit la connaissance partagé
Un poème au bout des lèvres
qu'enlumine les stances du poète!

Chantez aède, le naturel du théorème
accueillez avec un langage inusité
les songes, la joie mêlé au bon vin
Éponge de miel scellé aux lèvres
façonnant l'écarlate dans les airs
Le cœur en fièvre pour la bien-aimée!

Traduction : Fernando Oliveira,
de l'originel – Poeta; de Efigênia Coutinho

Efigênia Coutinho
Balneário Camboriú
26-02-2008.